Geração de energia solar passa a contar com isenção fiscal para componentes de placas fotovoltaicas

 isenção fiscal para placas fotovoltaicas

Um decreto publicado pelo governo federal incluiu os painéis fotovoltaicos, usados na geração de energia solar, no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis).

Com a inclusão, componentes da tecnologia estão agora isentos do pagamento de IPI, PIS/COFINS e Imposto de Importação até o final de 2026.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a ampliação do programa para a indústria de painéis solares impulsionará a produção de semicondutores e a geração de empregos de qualidade em diferentes estados.

Semicondutores

Além de conceder benefício fiscal a painéis solares, o governo também manteve a isenção fiscal para a produção de semicondutores no país. Esses itens, de silício ou germânio, são utilizados na fabricação de componentes eletrônicos.

Segundo o MDIC, atualmente a indústria de semicondutores no Brasil tem faturado mais de R$ 3 bilhões por ano, correspondendo a cerca de 0,2% da oferta mundial desses componentes.

Produtos desonerados

  • silicone, na forma de elastômero – encapsulante;
  • mástique de vidraceiro, cimento de resina e outros mástiques, para fixação ou vedação de vidro em módulos fotovoltaicos;
  • chapas, folhas, tiras, autoadesivas de plástico, mesmo em rolos, a base de polímero – Etileno de Acetato de Vinilo;
  • substrato plástico para fechamento traseiro -backsheet;
  • chapas, folhas, tiras ou filmes de Copolímero de Etileno – POE, não adesivo, não alveolar, para uso como encapsulante, na manufatura de módulos solares fotovoltaicos;
  • vidro plano, temperado, de alta transmitância e de baixo teor de ferro, com ou sem revestimento antirreflexivo;
  • chapas e tiras de cobre, de espessura superior a 0,15 mm (quinze centésimos de milímetro), para conexão de células solares;
  • chapas e tiras de ligas de cobre, de espessura superior a 0,15 mm (quinze centésimos de milímetro), para conexão de células solares;
  • chapas e tiras de cobre, de espessura não superior a 0,15 mm (quinze centésimos de milímetro), para conexão de células solares;
  • chapas, barras, perfis ou tubos de alumínio para compor a moldura do módulo fotovoltaico;
  • caixas de junção para tensão superior a 1.000 V (mil volts) em corrente contínua, para uso em módulos solares fotovoltaicos;
  • caixas de junção, com diodos e cabos de conexão, para tensão superior a 1.000 V (mil volts), em corrente contínua, para uso em módulos solares fotovoltaicos;
  • caixas de junção para tensão inferior a 1.000 V (mil volts), em corrente contínua, para uso em módulos solares fotovoltaicos;
  • outras células solares;
  • condutores elétricos, para uma tensão não superior a 1.000 V (mil volts), munidos de peças de conexão;
  • condutores elétricos, para uma tensão não superior a 1.000 V (mil volts);
  • condutores elétricos, para uma tensão superior a 1.000 V (mil volts).

Padis

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) foi criado em 2007 para estimular a fabricação de chips no Brasil a partir da desoneração de impostos. O benefício fiscal incide desde a implantação da fábrica até a comercialização do produto. Em contrapartida, as empresas têm que investir 5% do faturamento em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a captação solar é a segunda principal fonte energética do país e responde a mais de 11% da matriz energética do Brasil. Ao longo de 2022, 24 gigawatts (GW) foram gerados, sendo 7.6 GW por grandes usinas e 16,4 GW por sistemas residenciais e comerciais de menor porte.

Leia decreto na íntegra clicando aqui.